A única fonte de renda dos chineses que migraram para Curitiba, a cidade sorriso, são os seus acolhedores restaurantes.Os preços são simbólicos para o centro da cidade, vareiam de 4,50 á 6,50, o LIVRE. Lembro-me que por vezes entrei nestes estabelecimentos e perguntei: Quanto tá o LIVRE?
Os atendentes atendem mesmo, são atenciosos, sabem ouvir, o que fica no suco sempre pergunta: Quer de Lalanja ou Bacaxi? Fica aqui um salve pro Cebolinha da Turma do Maurício, que vende muito na China.
Os atendentes são calorosos se comparados com a maioria da população daqui. O Buffet é vasto, arroz, feijão, miojo com frango xadrez(Yakisoba), sempre tem uma carne muito ruim que deve ser de gato mesmo, a tradicional babatinha frita e o Sushi feito do jeitinho brasileiro, ou seja, nas coxa.
O banheiro é forever imundo, pior do que banheiro de rodoviária fechada de interior. A cozinha só vi de relance, mas não deve ter muitos méritos.
Mas infelizmente nem a simpatia dos Chineses foi capaz de impedir o fim. Enquanto o país cresce por lá, por cá o povo rui. Os restaurantes estão fechando um a um, desprevenidos, os restaurantes CHINA estão sendo apunhalados pelo neoliberalismo, perdendo território para restaurantes que são verdadeiros palácios, caros, extremamente limpos, mas impessoais e chatos.
O restaurante China em frente ao Müller que fechou - onde por vezes ganhei chocolates e balas por ser assíduo ao lugar - simboliza esta realidade. Sempre adorei os restaurantes chineses, lá eu era quem eu sou, lá eu era eu, lá eu era ouvido, valorizado, lá eu me sentia em casa, me sentia livre.
Restaurantes CHINA já estou com saudades, se puderem um dia voltem. Talvez peço de mais, talvez esta é uma batalha, que nem Sun Tzu venceria.
